segunda-feira, 9 de junho de 2008

Estrelas Mínimas de Fernando Castro Branco, apresentado no Auditório Paulo Quintela - Bragança



Livro de Fernando de Castro Branco apresentado em Bragança
Poesias sobre uma terra difícil, em processo de despovoamento, mas uma terra com a qual se estabelece uma relação luminosa, por mais pequena que seja. Esta poderá ser uma breve apresentação do livro “Estrelas Mínimas”, da autoria de Fernando de Castro Branco, autor nascido em Duas Igrejas, Miranda do Douro. O livro, editado pela Labirinto, vem na sequência de outros dois livros de poesia do mesmo autor e foi apresentado em Bragança no passado dia 29 de Maio. Segundo Fernando de Castro Branco, a obra tem 3 secções. Uma secção, a que dá o título ao livro, “Estrelas Mínimas”, tem este nome “porque em relação às obras anteriores enveredei por uma poesia mais minimalista, mais depurada, e também porque tenta focar uma realidade da nossa terra, da nossa região, diria em decadência, em dificuldades”. Assim, estas sãos pequenas estrelas, “cintilam um pouco debilmente, mas que esperamos possam ressurgir”. A segunda parte do livro, designada “Poemas para um Rio”, procura retratar a relação do autor com o Rio Douro. Tendo nascido no concelho de Miranda do Douro, onde o rio entra em Portugal, Fanando de Castro Branco viveu 22 anos no Porto. “O Rio Douro é um rio que traça o meu percurso, da origem à foz. Há aí uma vivência relacionada com a minha passagem pelo Porto, com as minhas memórias do Porto”, explicou. A terceira parte, a que chama “Turismo a Céu Aberto”, trata-se de “um capítulo duro e de intervenção, nunca abdicando da linguagem poética, mas procurando testemunhar ou denunciar uma realidade das nossas aldeias, sobretudo do Planalto Mirandês, em desertificação, abandono dos campos, da agricultura”. Este é o quarto livro do autor que tem já dois novos livros de poesia em preparação, um para sair em breve, outro para sair em Novembro. “É o meu quarto livro, sendo o terceiro de poesia, um outro é de ensaios. Foi uma aventura em que eu me lancei há três anos e depois pensei que seria algo de efémero, mas está a superar as expectativas”. O livro que sairá no próximo Outono encerrará o ciclo de poemas inspirados na relação do autor com a sua terra. Com o título “Canção dos Horizontes”, esta será uma obra a “duas mãos”, já que além da poesia inclui fotografias de Fernando Cordeiro. Entretanto, ainda antes de Agosto será lançado o Plantas Hidropónicas”, que apresenta uma poesia diferente, ou menos ligada à terra natal.

Ana Preto, in Mensageiro Notícias



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