terça-feira, 22 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Crónicas de Pina Morais na Biblioteca Municipal Municipal Dr. Júlio Teixeira - Vila Real

Vai ser apresentada a público, no dia 4 de Dezembro de 2009, pelas 21h30, no Auditório da Biblioteca Municipal Dr. Júlio Teixeira, numa organização do Grémio Literário Vila-Realense, uma colectânea de crónicas de Pina de Morais, o grande contista de Sangue Plebeu.
Trata-se de uma faceta menos conhecida mas muito interessante da actividade literária do escritor duriense.
A colectânea tem o título de Pina de Morais – Crónicas no “Jornal de Notícias” (1942-1950). O trabalho de selecção, organização e notas foi da responsabilidade do Dr. João Luís Sequeira Rodrigues, especialista na obra de Pina de Morais, que já nos tinha proporcionado um importante estudo sobre o mesmo. A obra sai com a chancela da editora Labirinto, de Fafe.
In jornal notícias de vila real

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Encantos Agrestes" Apresentado em Braga

No dia 28 de Novembro, às 16h, na Livraria Capítulos Soltos, em Braga, decorreu a apresentação da colectânea de contos Encantos Agrestes de José Salgado Leite. O espaço, uma livraria, recentemente aberta ao público, proporcionou um diálogo atractivo e caloroso aos numerosos leitores que acorreram ao evento.
Trata-se de um conjunto de quinze crónicas que o autor, que tem cultivando a poesia e a crónica, contando com vários prémios literários, revela terem sido baseadas em factos reais, algumas denotando um acentuado cariz auto-biográfico. Entre elas, destaca o conto a que deu o título “O Fecisco”, dedicada a José Teixeira Gomes Machado, “Incansável promotor da cultura popular, destacando-se nomeadamente no folclore, tanto na vertente das danças e cantares, como no estudo e preservação dos trajes regionais do baixo Minho” e, segundo as palavras do autor, fundador da “Rusga de S. Vicente há quase 45 anos, hoje um dos agrupamentos populares mais conceituados da cidade”.

Sobre o autor e a sua obra, falou-nos o escritor Cláudio Lima, cujo texto da apresentação passamos a transcrever:

Temos entre nós, afortunadamente, um punhado de escritores que, seja através da ficção, da pesquisa ou da crónica registadora, vai contribuindo regular e eficazmente para preservar e transmitir a memória das nossas gentes e das nossas coisas; escritores que assumem o testemunho inestimável e responsabilizante de seus próceres do passado, enriquecendo-o num processo aberto e fecundo de análise, interpretação, convergência/divergêrncia dialéctica e interactividade. Valores de hoje que sabem onde as melhores fontes, os mais preciosos filões da geografia cultural do Minho: José Augusto Vieira, Avelino de Jesus Costa, Conde d’Aurora, o trio de Sampaios: Alberto, Gonçalo e António Rodrigues; Martins Sarmento, Abel Salazar, Manuel Monteiro, etc.; tantas e tão exímias figuras que através das várias áreas do saber e de uma dedicação sem limites estudaram a nossa vida comunitária ao longo dos tempos, desenrolada desde os picos agrestes dos nossos montes, às viçosas veigas dos nossos vales.
Mas é de ficção que hoje tratamos. Sem dúvida, também ela vinculada à nossa realidade, às nossas tradições, ao nosso devir. Uma ficção que, hoje como ontem, vai alimentar-se ao mais profundo do nosso húmus colectivo, nele haurindo as virtualidades peculiares que o tempo consolidou, aquela energia inesgotável e aquele atavismo arreigado que fez e faz de nós personagens vivas, protagonistas interventivos, agentes tenazes na preservação de valores e impulsão de progresso no contexto regional e nacional. Ficção que regista nomes prestigiados do passado como Teixeira de Queiroz, Tomaz de Figueiredo, Manuel de Boaventura, Conde de Arnoso, Júlio Brandão, Luís de Almeida Braga, Maria Ondina Braga, João Marcos, Sá Coimbra, etc., — um longo e inestimável elenco que vai engrossando com a contribuição, qualitativa e quantitativamente expressiva, dos nossos prosadores ficcionistas de hoje, de que refiro alguns exemplos, sem menosprezo pelos muitos que terei de omitir. Couto Viana (que só numa fase avançada da sua fecundíssima vida literária desbloqueou a veia de contista), Maria do Pilar Figueiredo, João Lobo, Fernando Pinheiro, Jaime Ferreri, José Abílio Coelho, Pompeu Miguel Martins, Luisa Monteiro, Orlando Ferreira Barros.
E José Salgado Leite, autor de quem aqui saudamos mais um livro: Encantos Agrestes. Vem de terras de Montelongo (Cepães, Fafe, 1948) e credencia-o, se não uma obra autónomo muito extensa, uma vasta e valiosa colaboração em antologias e outros projectos colectivos, assim como em inúmera imprensa regional e nacional. Polivalente, tem na música e no teatro, sobretudo, espaços alternativos de afirmação própria e de intervenção no meio cultural em que se encontra inserido. Antes destes Encantos Agrestes, José Salgado Leite publicou individualmente um livro de poesia, Fragmentos do Quotidiano (1998) e outro de contos, Memórias de um Rio (1999). Já lá vão dez anos!
Num breve, mas denso e perspicaz Prefácio à obra agora em apreço, Artur Coimbra, ilustre poeta e investigador fafense, a determinado passo diz o seguinte: “(…) estamos em presença de uma obra adulta, que vai no sentido da confirmação do autor como um fabuloso contador de histórias. São contos sentidos, alguns de manifesto cunho autobiográfico, outros bem conseguidos exercícios de criação ficcional. Genericamente são estórias de vida — da sua e das que lhe são ou foram próximas. Relatos da memória da sua aldeia natal — Cepães — e da sua infância feliz (…). Crónicas das suas vivências em Angola, dos lugares para onde foi obrigado a ir combater, a contragosto (…)”.
Por sua vez, o Autor, em Duas palavras essenciais introdutórias, onde memoriza a génese e o estímulo destes textos, lembra o critério ordenador adotado: “O discernimento da sua apresentação é estritamente de ordem cronológica. Assim, o primeiro (Refúgio dos Infelizes) data de 1967 e o último (De Braga a Mondoñedo) de 2005. Trinta e oito anos de distância os separam”.
Temos pois dois contributos preciosos para situar no tempo histórico e no cânone narrativo este conjunto de textos, a que o Autor confere o rótulo genérico de contos. Quanto ao tempo histórico, num cômputo de quase quatro décadas, ele é evidente e determinante nas motivações que subsistem nesta dezena e meia de textos. Com efeito, eles atravessam e registam um tempo português que assiste aos últimos estertores de um regime totalitário e ao emergir de um outro, libertador e libertário, balizado pelo 25 de Abril de 1974. Quanto ao rótulo aglutinador dos diversos e heteróclitos textos, — contos — , remeta-se ao parágrafo acima transcrito de Artur Coimbra onde ele, com argúcia interpretativa, fala em “contador de histórias”, “contos”, “estórias”, “relatos da memória”, “crónicas das suas vivências”. Uma visão disjuntiva de um conjunto considerado de contos, na ótica de quem os escreveu e catalogou. Aceitemos a heterogeneidade apontada pelo crítico, até pelo facto de ela em nada apoucar ou desmantelar uma certa homogeneidade intrínseca na revelação da mundividência do Autor.
Seria longa e provavelmente desinteressante para uma fruição posterior, resumir aqui cada uma destas quinze peças. Obrigar-nos-ia a longos parágrafos sobre várias temáticas dominantes: a mísera condição social dos nossos pescadores e trabalhadores rurais (Refúgio dos infelizes, Reviver o passado, A vendedeira de castanhas, A bicicleta); a guerra colonial, suas cicatrizes e suas sequelas ( Corações tristes, O desertor, O Malaquias Cambuta); uma crescente e afirmativa consciência social das populações vítimas de exploração (Mais uma página de Luta, A ovelha tresmalhada, O bufo Marteladas, As voltas da Conga). As quatro últimas do livro, não cabendo, em rigor, em qualquer das categorias ou universos descritos, merecem, porém, igual referência. São elas A menina enjeitada, título e enredo tipicamente camilianos, em que o Autor faz uma incursão histórica pela nossa emigração para o Brasil no séc. XVIII, em plena agudização das lutas liberais; O Fecisco, figura típica da estúrdia bracarense, cicerone aplaudido pela malta estudantil em noctívegas deambulações pelos tasquinhos do burgo; Três noites no Soajo, que parte de uma verosímil viagem de estudo, por parte de uma estudante coimbrã, rumo àquele povoado típico do Minho serrano, para derivar para um complicado e absorvente envolvimento de almas penadas e rituais de resgate a que se viu compelida; finalmente, De Braga a Mondoñedo, é um dos textos em que a designação de conto menos se apropria. Começa por historiar o bispado de Dume e sua destruição pela Moirama em meados do séc. IX e a viagem de estudo que o Autor (na primeira pessoa) empreendeu à localidade galega de Mondoñedo, para onde, com autorização régia, o bispo-abade Sabarico transferiu a sede dumiense, por força da ocupação sarracena. Aqui, como em muitos outros momentos, registemos a apetência e a aptidão do Autor para escavações de natureza histórica.
Mas não só; ao longo de mais de duzentas páginas de que se compõe o livro, vinculados por uma escrita sóbria e diligente, muitos são os momentos em que o Autor projecta no fluxo narrativo, sem eufemismos nem redundâncias, as suas convicções sócio-políticas, os seus valores ético-humanitários. Poder-se-á dizer que o sentimento de justiça ou da ausência dela, constituem-se em preocupação e em denúncia dominantes. Sem configurar um livro-libelo, um quadro ficcionista ao serviço de estratificações ideológicas, não erraremos se apontarmos frequentes laivos do realismo gorkiano de A Mãe ou do neo-relismo de Soeiro Gomes de Esteiros, entre outros. Deparamos aqui, efectivamente, com figuras humildes, exploradas e espoliadas da sua dignidade, atiradas para um quadro da mais espinhosa sobrevivência e desiludidas da mais ténue réstia de esperança.
Muito de real e memorizado carreou José Salgado Leite para este livro; livro que não é inocente nem inócuo. Em contos mais regulares e noutros mais resvalados para géneros tais como a biografia ou a crónica, — é sempre um escritor empenhado que se afirma e impõe; um espírito que procura estar em sintonia com o seu e nosso tempo, seja na denúncia de todos os atropelos à dignidade humana, seja na solidariedade com as vítimas deles.
Braga, Nov. 2009
Cláudio Lima


"Crónicas de Todo o Tempo" apresentado na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva


A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, serviu de cenário no passado dia 21 de Novembro, para a apresentação pública do livro «Crónicas de todo o tempo». Uma obra chancelada pela editora Labirinto, de autoria da Cabeceirense Fernanda Carneiro, que pela terceira vez dá à estampa “memórias dos seus antepassados” através da publicação de várias crónicas redigidas com alma e coração, cuja leitura nos transporta para outras vivências - recordações para alguns, testemunhos de outros tempos para outros - despertando assim, sensibilidades e curiosidades e revelando de forma singela formas de vida dos seus avoengos.
Nascida em Refojos, em 1952, Fernanda Carneiro, escreve de forma singela, num estilo corredio e revela as memórias que a autora procura avivar com registos e opiniões escritas com cunho próprio.
Memórias do passado, por vezes recente, mas que reflectem as vivências e protagonistas de outras eras.
A publicação de três livros e os temas que versam são o reflexo da simplicidade da autora e do gosto que tem pela sua terra e pela gente de Cabeceiras de Basto.
Partindo do pouco, Fernanda Carneiro foi-se interessando por estes temas, indagando e remexendo com dedicação e paixão, na «história» de Cabeceiras, trazendo ao de cima o seu amor pelas coisas, por vezes pequenas, mas que enchem de orgulho os cabeceirenses.
Com a publicação de três livros, Fernanda Carneiro cultiva a «memória» dos seus antepassados, testemunhos da nossa história e do modus vivendi destas gentes de Basto.
De referir ainda que esta sessão contou com a presença do Engº Joaquim Barreto, Presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, bem como do Deputado da Assembleia da República, Dr. Ricardo Gonçalves, encarregues de fazer a apresentação da autora e da obra respectivamente, bem como outros autarcas, familiares, amigos e convidados em geral que ali se deslocaram para ouvir falar sobre «crónicas de todo o tempo».

in ecos de basto, 23/11/2009

domingo, 29 de novembro de 2009

Lançamento de mais duas obras com a chancela da Labirinto


Realizou-se, no passado dia 21 de Novembro, em Lisboa, o lançamento de mais duas obras com a chancela da Editora Labirinto. A primeira apresentação decorreu, pelas 15h,30, na “Livraria Pó dos Livros”, sita na Avª Marquês de Tomar, 89 A, da referida cidade. O livro em destaque, “rumores para a transparência do silêncio”, conta com a poesia de Daniel Gonçalves e com o trabalho fotográfico de Pepe Brix. A sessão teve o seu início com uma alocução do editor, João Artur Pinto, que achou por bem frisar, não só o facto da “Labirinto” estar comemorando os seus dez anos de existência numa fase de notório desenvolvimento, mas também alguns dos pressupostos que têm estado na base do caminho da Editora, nomeadamente o bom clima existente entre todos os seus colaboradores e autores, assim como a facto da Editora não interferir, seja em que parâmetro for, na liberdade de criação dos vários escritores que aí publicam, já que apenas um critério se lhe apresenta como relevante, o da qualidade. O livro do poeta Daniel Gonçalves e do fotógrafo Pepe Brix foi depois apresentado pelo também poeta João Ricardo Lopes, que o caracterizou como sendo um “poemário fotográfico” belo, depurado e onde o aspecto dialógico entre poemas e fotografias funciona de um modo marcado pela subtileza e pelo lirismo. João Ricardo Lopes enumerou igualmente alguns aspectos que se anunciam como características fundamentais da obra: a inexistência de numeração e/ou títulos que possibilitam a abertura a uma multiplicidade de inícios e de finais da narrativa; a acuidade do diálogo poemas/fotografias numa espécie de miscigenação entre estes dois vectores; o facto das palavras e das imagens, nessa complementaridade que entre si assumem, enfatizarem o conceito de viagem. João Ricardo Lopes pormenorizou depois este último aspecto da sua visão do livro: referindo que a necessidade de viajar do (e no) poeta correspondia a uma necessidade de se evadir e de buscar uma obra infinitiva… A esta preocupação corresponderiam as fotos de Pepe Brix, que, visando universos urbanos e humanos, organizados ou caóticos, informam de uma vincada eloquência. Finalmente, e após uma exemplificação das teses avançadas com algumas das fotos, o apresentador da obra referiu ainda a dimensão interrogativa da poesia de Daniel Gonçalves, conjugando-se esta, pertinentemente, com a capacidade das fotografias de Pepe Brix em apreender os instantes vividos pela existência humana, para, a partir deles, lhes agigantar o seu universo de significação. João Ricardo Lopes, no final da apresentação, considerou ainda Daniel Gonçalves como um nome incontornável da novíssima geração de poetas.
Mais tarde, pelas 17h,30, na “Livraria Trama”, na Rua S. Filipe Nery, na cidade já referida, um outro nome importante da poesia portuguesa contemporânea apresentou a sua última obra, referimo-nos a Graça Pires e ao seu novo livro - “ O silêncio: lugar habitado”, Prémio Nacional Poeta Ruy Belo 2008. O Blogue da Editora postará muito em breve os aspectos relevantes deste evento.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

I Encontro Hispano-Marroquino de Poesia em Tétouan



Oitenta poetas e amantes de poesia irão a Tétouan e Chauen participar no primeiro Encontro Internacional de Poesia Hispano-Marroquino "Jacinto López Gorgé". A representar Portugal, estará presente a poeta Maria do Sameiro Barroso.O encontro terá lugar nos dias 2, 3 e 4 de Outubro e é organizado pelo jornalista e escritor Ahmed Mgara e pela jornalista, escritora e presidente da Associação "La Avellaneda" Edith Checa.O tema do encontro é "A mulher na poesia hispano-marroquina" e os lucros da venda da antologia a ser publicada com os poemas dos poetas envolvidos irão para a Fundação Ana Bella, que ajuda mulheres vítimas de violência na Andaluzia e na Extremadura.Uma das actividades deste encontro será a recepção, em Tétouan, pelo Cônsul de Espanha, Javier Jimenez Ugarte, que receberá dos poetas participantes os seus livros para a biblioteca do consulado.Os poetas espanhóis e marroquinos irão ler os seus poemas em vários locais de Tétouan e Chauen, incluindo os jardins do Museu Arqueológico do Museu Etnográfico na apresentação oficial da antologia “La mujer en la poesía hispanomarroquí” e na alcáçova de Chauen.À apresentação desta antologia assistirá a viúva de Jacinto López Gorgé, poeta que será homenageado neste encontro.Jacinto López Gorgé nasceu em Alicante e morreu em Dezembro de 2008. Exerceu docência em Melilla e fundou e dirigiu, com Pio Gomez Nisa, a revista “Manantial” e em 1952 a colecção de livros “Mirto y Laurel”. Em 1953 dirigiu em Tétouan a revista “Ketama”, foi crítico literário do diário “España” de Tanger e director da Aula de Literatura do Ateneu de Madrid. Editou vários livros de poesia e algumas antologias relacionadas com o mundo marroquino.
Publicada por Inês Ramos no blog porosidade etérea

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"rumores para a transparência do silêncio" de daniel gonçalves e fotos de Pepe Brix



Vai ser lançado, durante o 25º Festival Maré de Agosto, o livro de fotografia de Pepe Brix e de poesia de Daniel Gonçalves. São 30 fotos de uma exposição sobre a Europa de Leste e poemas inspirados por esses lugares. Uma edição Labirinto. O lançamento ocorrerá dia 21 de Agosto na Ermida de Santo Amaro, Ilha de Santa Maria.


é uma viagem que não sabes como deflagrou

um espaço imenso à tua volta

que te incendeia os sentidos


fotografias que estão do outro lado do espelho

e uma música que solta a bombordo da tua alma

o pedaço de silêncio que te faltava


são sobretudo as palavras que te minavam as mãos

se quisesses mostrar o teu coração a alguém


e uma conta infinita de sonhos

cada um deles como uma árvore acabada de florir


Daniel Gonçalves

quarta-feira, 22 de julho de 2009

On the air.

On the air.
Para Cristina e João Arthut

No meio do planeta,
no pequeno vídeo atrás da poltrona
da aeronave que flutua sobre as nuvens,
levando-me , sem cessar, para casa.,
a linha imaginária que um diminuto
avião acaba de cruzar. Sei lá o que
me espera? A conta atrasada do
telefone? O computador lento
demais? Nem mulher nem filhos,
cada um para seu canto. Tudo me espera.
A dose que me cabe da realidade.Enquanto
isso, no vídeo atrás da poltrona,
o diminuto avião está cruzando o
Equador, sobre a miniatura do planeta,
e me leva cada vez próximo de casa.

Ildásio Tavares

quinta-feira, 9 de julho de 2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Carlos Vaz assinala Dez Anos de Vida Literária na Feira do Livro que viu nascer!



No âmbito do Programa da 11ª edição da Feira do livro de Vila Praia de Âncora, promovida pela Ancorensis - Cooperativa de Ensino e Município de Caminha, terá lugar no auditório da feira, pelas 21h30, o lançamento do livro O Estrangulador de Bonecos de Neve, a mais recente obra literária do escritor e ensaísta Carlos Vaz.

O Estrangulador de Bonecos de Neve, assinala os dez anos literários de Carlos Vaz e conta com a participação especial dos artistas plasticos César Taíbo, Constança Lucas, Evelina Oliveira, Isabel Ferreira Alves, Mário Rebelo Sousa e Júlio Cunha que assina igualmente a capa.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

"As Vindimas da Noite" na Livraria Centésima Página


No passado dia 26 de Junho de 2009, teve lugar a apresentação do livro de poemas de Maria do Sameiro Barroso “As Vindimas da Noite” vencedor do Prémio Nacional de Poesia António Patrício 2008, na Livraria Centésima Página, em Braga. A apresentação da obra foi da responsabilidade do escritor e ensaísta Carlos Vaz.

"Chave de Ignição" na Biblioteca Municipal de Sesimbra

Biblioteca Municipal de Sesimbra

Sala Polivalente

ENCONTROS SERÕES
HISTÓRIAS DE SEMPRE


Dia 16 Julho (quinta-feira) 21.30h

L a n ç ame n t o d e l i v r o d e p o e s i a

Chave de Ignição
de Ruy Ventura
(Editora Labirinto)

“ (...) poemas de qualidade invulgar, revelando
uma poesia com amplo sentido inventivo
associado a um amadurecimento
verbal que o é de uma experiência poética.”
Fernando Guimarães in “Jornal de Letras”

segunda-feira, 22 de junho de 2009


As Vindimas da Noite, a mais recente criação poética da escritora bracarense Maria do Sameiro Barroso vencedora do Prémio de Poesia António Patrício 2008, atribuído pela SOPEAM (Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos), será lançada no próximo dia 26 de Junho na Livraria Centésima Página em Braga, pelas 18h30, com a chancela da Editora Labirinto, contando com apresentação do escritor e ensaísta Carlos Vaz, é um excelente livro de poesia que, eminentemente, fascina pelo seu sabor e pela sua magnífica poética, pelo seu maduro mosto e pela sua diagonal imagística semeada de socalcos nos recessos da noite que se faz manhã e se faz poesia nos raios e nas bagas de brisa percorrendo as musicais galerias dos versos. Trata-se de uma viagem poética pelos Meandros Translúcidos (título da autora, também com a chancela da Labirinto) da noite, como lugar mágico a que acede o corpo para que sobreviva o mistério, perdurando nas ânforas de estrofes abertas a variegados palimpsestos, da metamorfose do espaço e do tempo habituais. Trepanando a cartilagem dos poemas até à subterrânea arquitectura da claridade, frequentam As Vindimas da Noite os campos pludireccionais da memória. Esta é âncora e alavanca da voz polifónica de Maria do Sameiro Barroso, configurando, fundamente, a possibilidade da criação: o possível ébrio dos alquímicos instantes da obscura germinação dos primordiais vinhedos do mundo, em cuja sombra apetece pernoitar e cujas bagas - de brilho e de neblina, de sol semeado e de sol suspenso, de fogo e de cinza - apetece saborear no fluxo de uma leitura que transportará, no essencial, para um vislumbre de olorosas florações e de rumorosas figurações.

terça-feira, 19 de maio de 2009

POETA BRASILEIRO LANÇOU LIVRO EM FAFE


No passado dia 14, teve lugar na Biblioteca Municipal de Fafe o lançamento do livro de poesia As Flores do Caos, de Ildásio Tavares. A obra, editada pela Editora Labirinto (de Fafe) foi igualmente apresentada em Lisboa, dois dias depois, na Livraria Pó dos Livros. A apresentação (nas duas cidades) coube ao escritor amarantino António José Queirós.
Nascido na Fazenda São Carlos, hoje cidade de Gongogi, a 25 de Janeiro de 1940, e residente em Itapuã, Bahia, Ildásio Tavares é um dos grandes nomes da literatura do Brasil. Pertence à chamada geração da Revista da Bahia. É formando em Direito e em Letras pela Universidade da Bahia, com mestrado feito na Southern Illinois University (EUA), doutoramento na Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutoramento na Universidade de Lisboa. A sua vasta obra literária já lhe valeu alguns dos principais prémios brasileiros.
Com raízes em Ponte de Lima (donde era natural um seu avô) foi, curiosamente, a Câmara de Fafe a patrocinar esta belíssima edição de 68 sonetos (género literário que Ildásio Tavares domina com rara mestria). Ainda bem que essa autarquia o fez, já que, com esse gesto, propiciou a vinda a Fafe de um extraordinário comunicador. De facto, quem teve o privilégio de ouvir Ildásio Tavares seguramente guardará uma indelével recordação dessa noite “mágica”. Momentos como o que aconteceu na noite do dia 14 são cada vez mais raros. Como disse um dos presentes, foi “uma lufada de ar fresco”, um parêntesis nos dias tristes, cinzentos e pessimistas que se vivem em Portugal. Saravá, Ildásio! Saravá, Brasil!
João Artur Pinto

sexta-feira, 15 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Maria do Sameiro Barroso vence Prémio de Poesia António Patrício 2008

Maria do Sameiro Barroso é a vencedora do Prémio de Poesia António Patrício 2008, atribuído pela SOPEAM (Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos) com o livro As Vindimas da Noite (Editora Labirinto). O prémio será entregue no próximo dia 16, às 10h da manhã, na Ordem dos Médicos.

Este livro foi destacado como um dos quatro melhores livros de 2008 pelo Diário de Notícias.

Maria do Sameiro Barroso, nascida em Braga, é licenciada em Filologia Germânica, em Medicina e Cirurgia, pela Universidade de Lisboa. Inicialmente vocacionada para a poesia, tem vindo a alargar a sua actividade à tradução de autores de língua alemã, ao ensaio e à investigação no âmbito da História da Medicina.
Obra Poética:
O Rubro das Papoilas, 1.ª ed. 1987; 2.ª ed.1998.
Rósea Litania, 1997 (prefácio de João Rui de Sousa).
Mnemósine, 1997 (prefácio de António Ramos Rosa)
Jardins Imperfeitos, 1999.
Meandros Translúcidos, Labirinto, 2006 (prefácio de António Ramos Rosa).
Amantes da Neblina, Labirinto, 2007 (prefácio de Maria Teresa Dias Furtado).
As Vindimas da Noite, Labirinto, 2008.

Para além do Prémio de Poesia António Patrício 2008, Maria do Sameiro Barroso já tinha ganho o mesmo prémio em 1999 com o livro Jardins Imperfeitos. Recentemente, ganhou o Prémio Poesia Palavra Ibérica 2009 com o original Uma ânfora no Horizonte, instituído pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, numa parceria com o Ayuntamiento de Punta Umbria e com a colaboração de Sulscrito – Círculo Literário do Algarve. Este último, será entregue no próximo dia 13, em Vila Real de Stº António, durante as comemorações da fundação daquela cidade.

terça-feira, 31 de março de 2009

"Olhão - A Força das Marés" de José Honrado Miranda



Decorreu no passado dia 28 de Fevereiro de 2009, pelas 16 horas, no Auditório da Biblioteca Municipal de Olhão (Antigo Hospital de N.ª Sr.ª da Conceição a cerimónia oficial da apresentação do Livro “Olhão – A força das Marés”.
José Honrado Miranda é uma personalidade amplamente conhecida em Olhão e grande defensor das causas Olhanenses.
A Mesa foi constituída pelo Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Olhão, João Peres, pelo Doutor Varela Pires, pelo autor José Honrado Miranda e pelo representante da editora Labirinto, João Pinto.
Assistiram ao acto a Presidente da Junta de Freguesia de Olhão, familiares do escritor, representantes das actividades económicas, culturais e desportivas do Concelho, autarcas, poetas, jornalistas, e muitos amigos do autor. O Vereador da Cultura fez o protocolo, teceu algumas considerações à ficha técnica do livro, sublinhou que a capa da publicação é da autoria do professor José Delgado e recordou a amizade e o bom convívio que tem mantido com o José Honrado Miranda e passou a palavra ao orador convidado para falar sobre a obra Doutor Varela Pires que explanou paulatinamente com algum rigor sobre a denominada obra literária “Olhão - A força das Marés”, de José Honrado Miranda e introduziu de forma primorosa a vivência e conhecimento do autor sobre a Vida Olhanense e a valorização desta primeira edição – um bom contributo para a história de Olhão e da sua gente.
José Honrado Miranda, convidado a usar da palavra, falou sobre a edição do seu livro e recordou com muita nostalgia a sua infância vivida em Olhão e alguns dos factos passados com os seus amigos de juventude, não esquecendo cantarolar algumas das cantigas do seu tempo.
Entrevista com José Honrado Miranda em http://www.jornalregional.com


A poesia do Victor

Victor Oliveira Mateus apresentou há dias o seu mais recente trabalho em poesia: «A irresistível voz de Ionatos». Ando a lê-lo pelos mais impróprios cantos do mundo, onde vou arranjando tempo, procurando esse tempo como os cães procuram os ossos que esconderam nos jardins, com a mesma ânsia e, no caso, com o mesmíssimo prazer.

Este livro tem sido uma surpresa estupenda. Ando a vivê-lo com o vagar aconselhável às melhores obras. Ando a demorar-me em cada poema e a caminhar sobre ele, porque o Victor traz na sua poesia narrativas que são literatura com vida por dentro e também convites a que com ela se viva, a que o leitor frua e seja ele mesmo nas ilhas, nas manhãs, na dança e nas ausências.
Confesso-me em plena fase de paixão por este livro. Há muito que não me vinha parar às mãos um texto assim. E ainda por cima do Victor Oliveira Mateus, meu tão querido tradutor e Homem de invulgar generosidade e entrega à literatura.
Ando com um livro a fazer-me feliz e a melhorar substancialmente os meus dias, tão questionáveis na sua gestão e no que deles possa sobrar. E isso é muito para um livro. Quando falo de literatura aos mais novos alerto-os sempre para o facto de, em primeiro lugar, a literatura poder servir-lhes a felicidade, se for genuina, se for verdadeira, se tiver génio. E esta voz irresistível da poesia do Victor tem isso tudo. Há muito que não visitava uma poesia com tanta acção no seu interior, com tanta história e, sendo história, com tanta poética dentro.

Deixo a este livro e ao seu poeta, um último comentário em forma de poema:

Não tenho passos que cheguem, hoje.
Por isso vou nos teus pés caminhar pela ilha
e nos teus olhos dar testemunho
do coração que, por ali,
fizeste chegar à mais última das manhãs,

depois de ter sido perfeito o mundo,
depois de a teres abandonado
para que se não deteriorasse
quando fosse memória.

Posted by Pompeu Miguel Martins, in http://maquinaroyal.blogspot.com/

quarta-feira, 25 de março de 2009

21 de Março, Dia da Poesia

aspecto da mesa

Este ano foi escolhido o lançamento do livro «A Irresistível Voz de Ionatos» de Victor Oliveira Mateus para celebrar a chegada da Primavera e da Poesia.
O evento teve lugar no espaço cultural da Somafre, empresa de construções, tendo decorrido numa sala repleta e num ambiente, já habitual nesta Editora, de partilha de afectos e gosto pela literatura.
A representar a Editora, em substituição de João Artur Pinto, ausente por motivos familiares, esteve Maria do Sameiro Barroso que salientou a qualidade da obra de Victor Oliveira Mateus, bem como o seu contributo para a expansão da Editora, sediada em Fafe, na região de Lisboa.
Seguiu-se a apresentação do livro a cargo da romancista e ensaísta Maria Lucília Meleiro, que definiu os núcleos e as linhas condutoras da obra. Após a citada apresentação, Victor Oliveira Mateus agradeceu àqueles que, segundo ele, tinham contribuído para a prossecução deste seu projecto. A actriz Eugénia Bettencourt ilustrou a sessão com a sua pessoalíssima leitura de alguns poemas.
Este lançamento terminou com a habitual sessão de autógrafos e um beberete oferecido pelo Engenheiro Carlos Freire, Administrador da Somafre
Victor Oliveira Mateus

segunda-feira, 16 de março de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

DIA MUNDIAL DA POESIA


Foto do autor: Nuno Fernandes

A Editora Labirinto comemora este ano o Dia Mundial da Poesia, que ocorre a 21 de Março, com o lançamento de um novo livro de Victor Oliveira Mateus: A Irresistível Voz de Ionatos. A obra conta com um posfácio do professor e poeta brasileiro Cláudio Neves e um texto da poeta, romancista e ensaísta, também brasileira, Olga Savary.
A apresentação deste novo livro de poesia de Victor Oliveira Mateus estará a cargo da escritora Maria Lucília Meleiro e alguns dos poemas serão depois ditos pela actriz Eugénia Bettencourt.
Este evento ocorrerá no dia 21 de Março pelas 16h no espaço cedido pela Empresa Somafre (Pólo Tecnológico de Lisboa, Rua I, Lote 25, 1600-548 Lisboa) para acontecimentos de carácter cultural.
No final da sessão será servido um beberete.









quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Gabriela Funk no Programa "Atlântida" de 3 de Janeiro de 2009

O Programa Atlântida da RTP Açores, contou com a participação especial de Gabriela Funk - especialista em cultura popular - e autora do livro " Serões" que acaba de ser editado pela Editora LabirintoVer Vídeo em: http://videos.sapo.pt/iD14GwsDF539qcQCVbG6

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